La Jabeira
Nun sei dezir mui bien,
anque l sentir seia mui fuorte,
dezde la purmeira beç
que çcalçei uas guapas alparagatas,
puse ls pies ne l chano i beilei un repasseado.
Senti l'alma na lhéngua, ne l sonido
i na fuorça de las regubiuras.
Apuis la gaita, las castanhuolas i la fraita
fazerien camino cun nós por esse mundo afuora.
Benírun amboras i ampecilhos a zbiar-mos de la torna,
mas era tan berdadeiro este sentir,
que saltábamos todos ls paredones
i cuntinábamos,
cumo se na jabeira morasse la gana de bibir,
la berdade i la riqueza de la cultura mirandesa.
Algibeira mirandesa
Não sei dizer muito bem,
embora o sentir seja muito forte,
desde a primeira vez
que descalcei umas lindas sandálias de verão,
pus os pés no chão e bailei um repasseado.
Senti a alma na língua, na melodia
e na força do movimento.
Depois a gaita de foles, as castanholas e a flauta
fariam caminho connosco por esse mundo fora.
Vieram contratempos a desviar-nos do rumo,
mas era tão verdadeiro este sentir,
que saltávamos todos os muros
e continuávamos,
como se na algibeira morasse a vontade de viver,
a autenticidade e a riqueza da cultura mirandesa.
Teresa Almeida Subtil
(in Rio de Infinitos/Riu d'Anfenitos)
(in Rio de Infinitos/Riu d'Anfenitos)
Bom dia:- Fabulosa publicação. Doce inspiração e criatividade poética.
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Cumprimentos
Um excelente +poema regionalista. Que Miranda agradece, p+or certo.
ResponderEliminarParabéns pelo talento poético das tuas palavras.
Continuação de boa semana, querida amiga Teresa.
Beijo.
Que belo poema, Teresa!
ResponderEliminarProfundamente inquieta esta alma, você deixa neste canto que role da algibeira este canto de amor a Miranda, como tantos outros que já os lemos aqui. Cada um com a sua delicadeza!
Um beijo, minha amiga Teresa!
Boa tarde! Excelente poema! Obrigada pela partida!:)
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Sinto em mim uma força interior
Beijo e uma excelente tarde!:)
Confesso que te imagino a dançar, a rodopiar sobre ti própria como se fosse à volta da vida. Lindo, o teu poema.
ResponderEliminarUm grande beijo.
no Terreiro acabadinho de regar
ResponderEliminarpois quem baila este "repasseado" não é uma bailadeira qualquer!...
procuro acertar o passo, será que me acerto?
belíssimo o Poema, Teresa
ritmado e vigoroso, como se impõe!
beijo, minha amiga
Adorei esta algibeira mirandesa!
ResponderEliminarO poema e o acessório artesanal!
Na sua zona deve haver trabalhos de artesanato lindíssimos!
Beijinhos e bom fim de semana!
Belissimo!
ResponderEliminarAdorei essa algibeira. O conjunto do traje deve ser fabuloso. Confesso que te imaginei assim, dançando a melodia incomparável da gaita de foles!
Beijos!
Nessa algibeira,espero que guardes sempre muita paz e alegria,imensa saúde também,espero que guardes coisas muito boas nessa tua algibeira!! Desejo,para ti,um feliz e abençoado mês de Julho,muitos beijinhos!!
ResponderEliminarUma cultura para perdurar - e quão necessário é saber preservar aquilo que nos toca, onde fomos forjados - se todos tiverem o mesmo sentir da Teresa. Oxalá!
ResponderEliminarUm beijinho :)
Olá,minha querida,muito obrigada por teres comentado no meu poema número um,sim,a esperança é a última a morrer,ser feliz é tentar aproveitar a vida ao máximo,obrigada pela boa sorte que me desejas com o meu blogue,muitos beijinhos!! Muito obrigada também por teres comentado no meu poema número dois,fico imensamente contente que tenhas gostado do meu poema número dois e que gostes também do campo e da aldeia!! Muita saúde para ti também!!
ResponderEliminarOlá, Teresa!
ResponderEliminarUma beleza este seu poema, querida amiga. Um canto com a alegria da alma mirandesa (presumo, pois pouco ou quase nada sei dessa cultura), nesse caminhar, descrito nesses belos versos;
“desde a primeira vez
“que descalcei umas lindas sandálias de verão,
pus os pés no chão e bailei um repasseado.”
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“Depois a gaita de foles, as castanholas e a flauta
fariam caminho connosco por esse mundo fora.”
Uma ótima quinta-feira, com os cuidados com a saúde Teresa.
Beijo.
Pedro
Passei para ver as novidades.
ResponderEliminarNa falta delas, estive a ouvir com maior atenção o grupo musical do vídeo e percebi que os seus músicos são muito bons.
Continuação de boa semana, querida amiga Teresa.
Beijo.
Jaime Portela, gostei que apreciasses a qualidade dos Galandum Galundaina. A recolha das cantigas é feita, maioritariamente, na própria família. São genuinamente mirandesas. O grupo soube aproveitar este filão dado que são professores de música.
ResponderEliminarNão me canso de os ouvir.
Abraço amigo.
Pois, são professores de música... eu logo vi, já que os pormenores musicais são muito bons e a escolha dos instrumentos é criteriosa.
EliminarUm abraço e obrigado pela explicação.
De pés descalços para sentir o chão
ResponderEliminare as raízes musicais entranhadas
no coração, fica esta algibeira cheia
de um Povo com alma.
E que bem o diz e bem o sente, minha amiga.
(voltarei mais tarde para apreciar o vídeo)
Um beijo amigo
(finalmente posso comentar directamente - o erro da minha conta google esta' ok)
ResponderEliminarQuerida Teresa
Tão belo começar o post com o Poema em Língua Mirandesa. Doce e entranhado amor que se sente nos seus versos pela cultura de Miranda do Douro. A afirmação e reafirmação de que com persistência e fé tudo se consegue.
E esse repasseado, um dia hei-de dançá-lo.
Adorei as suas palavras e toda a sua sensibilidade e talento.
Beijinhos
Olinda
O amor pelas tradições mirandesas, nesta poética declaração... senti-me a participar nesse apaixonante e festivo rodopiar de emoções... as suas palavras, Teresa, têm esse poder... fazem-nos participar activamente, nos seus belos cenários poéticos... e mergulhar na cultura mirandesa...
ResponderEliminarGostei imenso de participar nesta festa!!! Um beijinho
Ana