O som
soltava-se ao alto da mansão
Dedilhado
por mãos sábias
E coração
cálido.
Ela abrandou o
passo e ninguém percebeu.
Desprendeu-se.
Murmúrios e
beijos repercutiam-se
Vadios.
E a portada
envelhecida vestia a dignidade
Da partitura
da tarde.
E nela se
entranhava o cheiro a terra molhada.
E a trepadeira de flor miúda escalava o momento
Perfume-jasmim,
melodia
E sentimento
E o gato de olhos
esbugalhados
E a brisa a
arrepiar a finura dos ramos
E a terra a
arder e a saia amarela
A bailar
ternamente.
Ao olhar
para trás
Apenas uma
pequena casa
Abandonada.
E uma porta mágica
No caminho
estreito de terra batida.
Devagar, ela
prosseguiu
E o som que
mitigou a sede da palavra
Abriu o sol
poente.
Teresa Almeida Subtil
Poema deslumbrante, Extasiado, li e reli. Muito bonito mesmo
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
Parabéns!
ResponderEliminarO seu poema é magistral!:) 🌼
.
Deambulo no baú dos sentimentos ...
Beijo e uma excelente Sexta Feira
ResponderEliminarBelo Poema
(enigmático no misticismo)
Lembra-me um santuário
Onde os sons profundos
Trazem Paz ao espirito.
A Porta de
"A Casa Fechada"
By: António Zambujo
https://youtu.be/L2Hh1eq1KrI
Um beijo, Amiga
Teresa querida, belíssimo teu poema, li e reli ao som do maravilhoso vídeo da música de Oscar Straus. As aves num magistral bailado, muito bonito.
ResponderEliminarToda a postagem está um show!!
Beijos, um bom fim de semana!
Cheirou-me a terra molhada que me mitigou a sede. E fui com as aves... Magnífico poema e uma música com um vídeo de encantamento e sedução, Teresa, minha Amiga!
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Um beijo.
Belissimo Teresa!
ResponderEliminarAs palavras fazem com que o poema incandesça,
moldam o poema, sílaba a sílaba, uma escultura perfeita onde vemos para além dos seus contornos!
Beijos e um bom fim de semana!
Lindo Teresa e por isso o nosso aplauso... 👏👏👏👏👏
ResponderEliminarQuerida Teresa
ResponderEliminarDá mesmo vontade seguir os seus passos ao som dos acordes que vêm da mansão e percorrer consigo esses caminhos da memória ou da fantasia.
Música que se coaduna maravilhosamente com a delicadeza deste seu Poema, minha querida amiga.
Beijinhos
Olinda
um nostalgia risonha e cálida,
ResponderEliminarmesclada da finíssima dor da saudade
percorrem o poema como uma torrente subterrânea
a marcar a sua indómita presença...
e como rodopia a linda saia amarela
plena de vida! ainda...
belíssimo! belíssimo!
Beijo, Teresa Almeida
adorei ler.
Ao pôr-do-sol tanta coisa linda e inesquecível pode acontecer, querida poetisa!
ResponderEliminarAcompanhei, passo a passo, as tuas lembranças e gostei muito do gato e da tua saia amarela.
O vídeo é tão belo e esvoaçante. André Rieu é assim, quase perfeito.
Beijos e resto de bom domingo.
Cheira a regresso, a um avaliar do tempo, a recomposição dum cenário com vivências múltiplas...
ResponderEliminarEstás a escrever cada vez melhor, Teresa.
Um beijinho :)
Parece a descrição poética de uma cena de um filme. Com a música de fundo a realçar as palavras.
ResponderEliminarGostei muito do teu poema, é excelente.
Bom resto de semana, querida amiga Teresa.
Beijo.
Lindíssimo poema,gostei imenso!! Excelente mês de Julho para ti,muita alegria,muita paz e muita saúde para ti,fica bem,muitos beijinhos!!
ResponderEliminarGostei muito!
ResponderEliminarBeijo, Teresinha!
Só me extasiei com a melodia das palavras, do revivido, da saudade, da poesia que emana do poema, da delicadeza e simplicidade de tudo.
ResponderEliminarE viajei com os pássaros.
Belíssimo poema, minha miga!
Um beijo,
Uma apaixonante entardecer em que as palavras e a escolha musical, estabeleceram um diálogo de excelência e sensibilidade...
ResponderEliminarUma publicação ao mais alto nível! Parabéns, Teresa!
Beijinho
Ana