Com o livro na
mão, abri a porta a nascente. E gostei de sentir a tarde com os poros abertos à
carícia do sol. Havia gotas que nasciam dos malmequeres, das hortênsias, dos
hibiscos e dos cíclames.
Ia sentar-me a
ler na varanda, mas as folhas verdes e enormes da magnólia tinham a medida
certa de poemas flamejando à chuva. E julguei ver duas cegonhas de uma brancura
imaculada sobrevoando a minha rua.
Esqueci os
medos, atravessei a casa e fui apanhar um astro que estava prestes a
esconder-se. Dei-lhe a mão e levei a vibração ao responsável pela frescura no
jardim.
E, naturalmente,
descemos a rua em direção ao rio.
O texto é fabuloso e combina muito bem com esta maravilhosa musica dos ABBA, que saudade! 🌹
ResponderEliminar**
Andarilhando...
Beijo e uma excelente Semana!
Puro lirismo e encantamento. Estar de mãos dadas com o astro em direção ao rio. Sinto dizer-lhe que não vou esperá-la para o caldo verde, sei que demoras, risos!
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga Teresa!
Palavras suaves e belas, que nos fazem esquecer também a nós todos os medos e nos permitem, repousar um pouco na frescura do seu jardim.
ResponderEliminarAdorei voltar a ouvir esta música.
Beijinhos
Doces e refrescantes estas águas
ResponderEliminarque fazem esquecer leituras, mas
não esquecem os astros que a minha
amiga plant(a)ou no jardim.
Entardecer que poderia ser um belo amanhecer. E assim nasce um poema,
belo, simples e tão natural, como só
havendo no olhar beleza.
Gostei muito, Teresa.
Um beijo
Belo, belíssimo, esse "Verão no Nordeste". Ressuma tranquilidade esse ambiente mavioso, em que tudo se conjuga para uma tarde de puro encantamento. E seguir em direcção ao rio tão bem acompanhada é um privilégio.
ResponderEliminarAdorei este seu texto. Todas as palavras, o ritmo, o sentimento, numa composição que só pode ser - Poesia.
Beijinhos
Olinda
"descemos a rua em direção ao rio..."
ResponderEliminarque melhor percurso para deslumbrar
um astro acabado de colher? ...
néscio eu
que apenas agora leio esta maravilha...
texto poético muito belo, Teresa Almeida
parabéns...
Beijo. minha amiga
As magnólias com a medida certa de poemas... Por isso as cegonhas brancas te visitaram, e conseguiste tomar em tuas mãos um astro, e foste até ao rio. Tudo isto que só uma alma de poeta pode conseguir no instante do poema.
ResponderEliminarUm grande beijo, Teresa.
"Com o livro na mão, abri a porta a nascente."
ResponderEliminarTinha que ser com um livro! Ainda que tudo o que sentes e avistas da varanda, transpareça na imagem poética das palavras com que descreves a beleza da paisagem, o voo das cegonhas ( tinham que ser duas) e a corajosa corrida atrás do astro prestes a esconder-se...!!
Ler-te é sempre uma delícia!
Um abraço!
A.S.
Uma pausa deliciosa, 'Verão no Nordeste', numa pandemia carrancuda e muito triste.Faz a gente esquecer por alguns momentos! Inspiradíssima a minha amiga.
ResponderEliminar"Esqueci os medos, atravessei a casa e fui apanhar um astro que estava prestes a esconder-se."
Um beijo, até mais, Teresa!
Demorei a vir como o meu amigo Manuel, por isso voltei... para reler e treler!
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga Teresa!
Que dizer? É lindo, Teresa, um autêntico hino à vida.
ResponderEliminarUm beijinho :)
E assim despontou mais um belo poema
ResponderEliminarBj
Bella poesía, llena de instantes que el poeta perpetua en su palabra...
ResponderEliminarMe gusta la poesía y por ello comparto
Un gusto leerte.
Olá Teresa.
ResponderEliminarUma beleza este teu poema em prosa. Senti-me nesse local, tendo no rosto a brisa suave, no cair da tarde. Parabéns poetisa.
Uma ótima quarta-feira Teresa.
Beijo.
Pedro
Simplesmente maravilhoso, este energizante entardecer... poético e fotográfico...
ResponderEliminarAdorei!!! Deveras inspirado e inspirador, Teresa!...
Beijinhos! continuação de uma boa semana!
Ana
E lendo, participamos dessa sua trajetória poética maravilhosa. Só da alma pode nascer tal visão e encantamento, em um entardecer qualquer. Bjs.
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