Eimoçones de l Nordeste
Biba l berano, ls chapéus, ls lhaços, las bandoletes, ls pelos cortados,
la naturalidade de la quelor i la lhibardade. I ls castielhos rachados,
bandeiras i pendones i ls achados arqueológicos. Ls castros. I ls ribeiros, las
fuontes, ls montes, ls poetas, las risas claras i las eimoçones de l Nordeste.
Biba l praino, las streilhas, las nubres, las troniadas de bersos i todas las
flores, animales i ansetos.
Biba l berano. Biba la música que trais ne l mirar,
l Douro quelobreiro a caer de pasmo i a abrir antes de zbandalhar l’einergie
chena, "lhuç de Pertual".
Biba la gana de ls pauliteiros i l repicado
atroniando ls cielos. Biba l dius q'hai an cada un. Fraldas, einaugas, jabeiras
i telares. L cerrobeco, l burel, l picado, las capas d'honra, la catedral,
eigreijas, capielhas i semitérios.
Bíban las casas, las canales de teilhas burmeilhas,
las caleijas, las squinas, cruzes i cruzeiros. Las puontes i ls arcos.
Bíban las arbles, las selombras i las merendas.
Chouriças, butielos, chouriços, queisos, bolhas - doces, sodos, persunto, auga
i bino.
Bíban ls turistas, ls picones i las alas
multiquelores. L bolo i l'arte.
Biba l'amisade que se derrama a cada passo. I la
chama.
Biba l berano, la lhéngua mirandesa, la
camaradaige, l çpique, la jolda i la bibraçon de ls festibales.
Biba quien canta, quien beila i quien ama.
Emoções do Nordeste
Viva o verão, os chapéus, os laços, as bandoletes, os cabelos cortados, a naturalidade da cor e a liberdade. E os castelos rachados, bandeiras e pendões e os achados arqueológicos. Os castros. E os ribeiros, as fontes, os montes, os poetas, os risos cristalinos e as emoções do Nordeste. Viva o planalto, as estrelas, as nuvens, as trovoadas de versos e todas as flores, animais e insetos.
Viva o verão. Viva a música que trazes no olhar, o Douro a serpentear e a cair de espanto e a abrir antes de esbanjar energia plena, "luz de Portugal".
Viva a garra dos pauliteiros e o repicado atroando os céus. Viva o deus que há em cada um. Saias, algibeiras e teares. O serrobeco, o burel, o picado, as capas de honra, a catedral, igrejas, capelas e cemitérios.
Vivam as casas, as fiadas de telhas vermelhas, as ruelas, as esquinas, candeeiros, cruzes e cruzeiros. As pontes e os arcos.
Vivam as árvores, as sombras e as merendas. Chouriços, salpicões, queijos, presunto, bolas-doces, sodos, frutas, água e vinho.
Vivam os turistas, os picões e as asas multicores. O voo e a arte.
Viva a amizade que se derrama a cada passo. E a chama.
Viva o verão, a língua mirandesa, a camaradagem, a disputa e a vibração dos festivais.
Viva quem canta, quem baila e quem ama.
Teresa Almeida Subtil
Boa tarde:- Deixo o meu elogio e 👏
ResponderEliminarQue "dialecto" difícil hein!
.
Cumprimentos poéticos
Viva...
ResponderEliminarUm texto diferente do habitual, mas nem por isso menos bom.
Bom fim de semana, querida amiga Teresa.
Beijo.
Nas palavras do poema, respira-se um aroma incomparável, escutamos o vento que inspira a magia dos serões, as raízes fecundas onde fecundaram as palavras! VIVA!...VIVA!... Nada amordaçará a sonoridade e nada nos distrai desse brilho mirandês que se nos impõe ou se nos entrega! VIVA! VIVA!...!!!
ResponderEliminarUm grande abraço!
A.S.
Então Viva...Muito obrigada por tão bela publicação! 😘🌹
ResponderEliminar***
O meu coração pertence ao teu mundo...
Beijo e uma boa noite!
Decerto que a atual pandemia impedirá que se verifiquem todas as manifestações evocadas neste belo texto apologético sobre as terras de Miranda do Douro, do qual gostei muito.
ResponderEliminarO vídeo de apoio é também excelente, para quem não conhece a cidade.
Saudações poéticas.
Juvenal Nunes
que viva a poetisa Teresa Almeida Subtil, por este denodado amor
ResponderEliminarà sua "terra de Miranda" e à língua mirandesa!
e que viva também o "Menino Jesus da Cartolinha",
que não dispenso no teu elenco de devoções festivas!
beijo, minha amiga.
parabéns pelo texto.
Maravilha, Teresa! Bom, bom, mesmo bom este canto de todas as coisas, de todas as emoções.
ResponderEliminarE a língua mirandesa que aqui não podia faltar, a cereja no topo do bolo, como se costuma dizer. Porque isso dos costumes é o húmus que nos alenta.
E...
"Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país"
Bom domingo, minha amiga. E continue com essa força...
Que força essa!
Beijinhos
Olinda
E viva a Poeta Teresa de Almeida que tão bem sabe cantar a sua terra!
ResponderEliminarUma prosa poética de excelência!
Os meus Parabéns!
Beijinhos e boa semana.
Ailime
Boa noite de muita paz, querida amiga Teresa!
ResponderEliminarEm primeiro lugar, quero agradecer seu carinho no post da Ana Freire.
Se soubesse como amei o Doido num único dia que por lá estive...
Que saudade do nosso amado Portugal que fará quatro anos que aí estive!
Sobre o poema, recortei os versos citados abaixo para agradecer sua gentileza por lá e por aqui por tão linda postagem.
Boaa férias ainda que em casa!
Viva a amizade que se derrama a cada passo. E a chama.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Convenceste-me, e de que maneira. Quase apetece fazer já as malas.
ResponderEliminarUm viva ao Nordeste, teu espaço de eleição!
Um grande abraço
Gostei de reler o teu magnífico texto.
ResponderEliminarContinuação de boa semana, querida amiga Teresa. E boas férias, se for o caso.
Beijo.
Sim, Teresa. Viva tudo o que é belo e nos deixa emocionados. E vivam as tuas palavras impregnadas de amor pelo teu e nosso chão.
ResponderEliminarMuita saúde.
Um beijo.
Maravilhosa, a junção de tão entusiasmante texto e sensacional video!
ResponderEliminarPura maravilha, estes ares do Nordeste, que adorei apreciar por aqui!
Beijinhos! Feliz domingo, e votos de um óptimo Agosto!
Ana
Um Hino 'a Terra Transmontana, 'a Língua Mirandesa (que também poderia chamar Aragonesa) esquecida, mas fundamental para compreender Portugal.
ResponderEliminarBelo como um Canto... o canto que a Olinda Melo e que o saudoso
Pedro Barroso, na sua voz de "trovão" assinou:
" E...
"Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país"
https://youtu.be/YPq-8ViLxq0
Deixo o link e a letra completa:
Já que aqui estou
Vou-lhes agora contar
De mil passos feitos vida
Desta vida atribulada
Desta vida de cantar
Se sobrar peito
Depois de mil melodias
Depois de tantas palavras
Tantas terras tanta estradas
Tantas noites tantos dias
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
No Algarve mandei baile
Toquei adufes na Beira
Em Trás os Montes aprendi
A bombar como um Zé Pereira
Mundo fora dei abraços
Nos Açores e na Madeira
Deixei amigos do peito
E lá na minha casa cantei na eira
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
E viva, e viva
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
Trago nos dedos malhões
Toquei rondas de caminho
No Douro aprendi janeiras
Dancei as chulas no Minho
No Alentejo fica o peito
No Alentejo fica o peito
Da planície de cantare
No Alentejo fica o peito
Da planície de cantare
No fado colhi o jeito
De um país por inventar
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
Cantei no alto de um monte
Num tractor ou num celeiro
Já cantei pra vinte
Já cantei pra vinte mil
E das palavras fiz viveiro
Pra quem canta por cantar
Pouco mais se pediria
Mas quem canta para sentir
E para explicar-se e para ser
Pensem só quanto haveria
Pra ficar aqui toda noite
Pra cantar e dizer, como é?
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país
Viva quem canta
E que quem canta é quem diz
Quem diz o que vai no peito
No peito vai-me um país"
e... um beijo (que com a emoção da canção e do Hino, já me esquecia)
ResponderEliminarBoa semana, Amiga Teresa
Fechou com chave de ouro! Dar um viva às coisas belas é como agradecer muito sua existência.
ResponderEliminarFiquei um tempo (muito) distante dos blogues, mas seu sobrenome me lembra a Sandra. É parente dela???
Subtil é o meu marido. Adotei esse nome, poeticamente, porque gosto e é assim que me chamam na terra que escolhemos para viver.
EliminarObrigada, Marlene. Bem-vinda! Beijinho.
Coincidências rss. Você caminha divinamente nos meandros da poesia. Bjs.
EliminarViva ao Nordeste de lá e ao Nordeste de cá!
ResponderEliminarUm belo canto de amor à terra. Uma que que cega e nos ilumina!
Um Viva à poesia de Teresa Almeida Subtil.
Um beijo, minha amiga Teresa!
Hermoso lugar, esos tejados resaltan en el verdor...toda tierra es bendecida por Dios.
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