em olhares perdidos no mar imenso
as ondas revolviam tempestades
nascidas em mar profundo
e eu que tinha perdido o chão
desesperava
reluziam rugas desenhadas à pressa
apertavam-se mãos em fúria desusada
num barco que à deriva
balançava
Agarra-te ouvia dizer
escrevem para te baralhar
as ideias navegam em confusão
segura o leme
Uma ponta de fio de razão
essa corda de esperança
bordada a pontos luz
na linha do meu horizonte
procurava
Teresa Almeida 26-09-2011
Descrição bem sentida por quem a lê. A aflição retratada numa subjacente nascente de esperança.
ResponderEliminarParabéns!
Bjuzz, Teresa
Num mundo em convulsão, esperamos que na linha do horizonte nasça alguma luz de esperança. Agarro-me...
ResponderEliminarE agarro-me também à energia que encontro nas tuas palavras.
Um grande abraço
E fica-se agarrado ao teu, cada vez mais interessante, estilo de escrever.
ResponderEliminarNo mar, em dia de borrasca, o olhar dirige-se sempre à linha do horizonte, sempre...
Beijinhos
Bem, confio na tua alma de marinheiro. :)
ResponderEliminarUm apoio importante para mim.
Obrigada Ricardo.
Beijinhos
Volta e meia, retorno ler o "teu livro", Teresa. Mas, que belos paralelos traças aqui neste poema, querida amiga, estavas inspiradíssima e nos destes uma pequena obra-rpima, posso afirmá-lo. Um desses poemas que eu gostaria de ter escrito, crê-me.
ResponderEliminarUma tela a óleo de pintor marinho e romântico, cada verso é como se uma pincelada nervosa, as cores são dramáticas, vigorosas e traduzem a força das imagens. O poema todo é descritivo e belo, em cada nuança,em cada construção. E a estrofe final é de uma profundidade que comove, magnífica!
Um pequena obra-prima, minha boa amiga, texto de antologia e que se tornou um de meus poemas teus favoritos.
Meu carinho, meu abraço, bem haja.
André
Estou a habituar-me a ler-me em ti e como isso me agrada! Os teus comentários acrescentam valor aos meus escritos. Ter um leitor como tu é o sonho de quem escreve.
ResponderEliminarAbraço-te emocionada.
Teresa