De repente … a
imagem atravessa-me a mente
E a culpa nunca nos pertence.
São mesas requintadas e fartura sem limites.
E a culpa nunca nos pertence.
São mesas requintadas e fartura sem limites.
São paramentos
dourados e crianças tristes.
Desertos de sede e
de fome.
Desespero.
Crianças-esqueletos deambulando
Sem nome.
Sem nome.
Só areia e pedras. E
sofrimento.
O caos da
inteligência. A desumanidade.
A imagem
atravessa-me a mente.
Onde estão as
palavras selvagens
As bandeiras da liberdade?
As bandeiras da liberdade?
A vontade de
desarmamento?
E os exterminadores
de inocentes?
Palavras não chegam,
nem correntes, nem orações.
Está visto.
A imagem
atravessa-me a mente.
Onde estão os
poderosos e os milhões?
O povo não percebe. O povo não sabe.
O povo não percebe. O povo não sabe.
Exige-se ação, paz e pão.
E não saímos disto.
Teresa Almeida Subtil
"E tudo isto o ser humano consente..."
ResponderEliminarNa maioria frágeis criaturas que mostram o tanto de contraste existente, uns ficam no pão, no sofrimento, outros no caviar e no luxo. Os que dominam, com a melhor parte, é lógico.
Teu poema na medida que é maravilhoso, também é triste, delata, mostra, um grito sufocado pela incopetência e ganância de muitos. Ás vezes não há solução, os que detém o poder, pouco querem fazer.
Não; não mais abraçar praças, criar correntes de orações, nada adianta. O povo percebe os poderosos, mas já sem forças. Difícil é, mas um dia alguma liderança toma a frente. Não há mais o que dizer, Teresa, você já disse! Poema lindo e forte - como deve ser diante do sofrimento de muitos.
Beijo, querida, uma ótima semana.
"Exige-se acção!" - organizada e consequente, permito-me acrescentar
ResponderEliminarpois que, em minha modesta opinião,nada de bom para os mais débeis e vulneráveis cai do céu, sem ser conquistada com "sangue, suor e lágrimas..."
gostei muito do texto, Teresa.
felicito-te.
beijo
Às vezes , atravessa- me a cobardia de afastar essas imagens dos olhos secos , Teresa. Penso que sou e estou débil demais para que o meu cérebro - e coração - percepcione o horror , aparentemente normal nesta era em que vivemos . Mas “hélas”, querida amiga, não estou só nesta solidão . E, como tu, também digo : até quando ? É meu lamento ou decrepitude do Mundo ?
ResponderEliminarObrigada , Teresa, por me fazeres sentir mais viva . E triste como teu poema - grito !
Abraço , AMIGA! 😘
Sim, é verdade, querida Teresa. "Não saímos disto". Todos os dias, a toda a hora, acontecem coisas que nos envergonham e amarfanham o coração. Mas, há uma apatia, um deixa andar atroz. Parece uma banalização do mal a que só daremos o real valor se nos acontecer a nós. Que tenha Deus piedade da Humanidade!
ResponderEliminarUm Poema-mensagem que todos deveríamos ler e pensar no que cada um de nós poderá fazer...
Beijinhos
Olinda
Teresa, este poema é um grito de alerta para tudo o que o nosso mundo representa. É um poema de reflexão. E fico a pensar como às vezes as palavras podem trazer tanta esperança e tão pouca...
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Poema que é um grito de alerta.
ResponderEliminarPalavras necessárias e que podem ser uma arma.
Bom fim de semana.
Beijinhos
:)
Querida Teresa,
ResponderEliminarUm poema comovente de intervenção!!...
"A imagem atravessa-me a mente" nesta
sensação que tudo falta!...
Minha amiga, coloquei as minhas leituras e
comentários aqui no teu espaço que
sempre aprecio e mora no meu coração,
o meu tempo é corrido e por isso
demoro um pouco, mas apareço...rss
Beijinhos.