Soube que me
escreveras pelos beijos cristalinos
pendurados do
correio. A caixa permanecia fechada.
O portão não abria. Na espera cristalizou-se o tempo.
E as lágrimas
caíam. Os poetas deliraram e corriam
a comer as sílabas
que, do céu, tombavam.
Atapetado o jardim
que, um dia, de verde se vestira,
sossegava na alvura
macia da noite.
E a paz do silêncio
era cortada por abraços gelados.
Céu e terra.
De tanto desejar
marquei meu passo
na tua exuberância
imaculada.
E fiz a festa. E
saboreei-te neve fria.
E cometi plágio de vibração e
fantasia.
Teresa Almeida Subtil
28.02.2018
Teresa Almeida Subtil
28.02.2018
Uma imagem perfeita, um quadro muito bem pintado. Consigo ver esse tempo de espera, de lágrimas e o desespero dos poetas que faziam desaparecer as sílabas em vez de comporem com elas grandes palavras de amor. Ou seria o contrário? Corriam pressurosos, delirantes, para não as deixar escapar... e depois fazerem inveja à neve e fabricarem calor e canções de embalar.
ResponderEliminarTudo ao contrário do que escreveu, não é querida Teresa?
:)
Adoro a sua escrita.
Bj
Olinda
Teresa,
ResponderEliminarBelíssimo poema no contexto obra de arte. A fotografia
deslumbrante poeticamente em acompanhar a descrição poética
do desejo, em "Beijos pendurados" no aguardar da emoção,
que eternizou-se na cristalização do tempo, tempo este a
pertencer à poesia na vibração e fantasia da beleza exuberante
sem "plágio", vindo do coração desta inspirada poetisa,
Teresa Almeida!...
Parabéns pelo poema, amiga.
Beijinhos.
A neve. O branco cristalino a encher as árvores da suspeita de um poema... E as palavras a transformarem-se em sinais de uma beleza singular...
ResponderEliminarUm belo poema, minha Amiga Teresa.
Uma boa semana.
Um beijo.
um poema em completa sintonia com a belissima imagem.
ResponderEliminargostei!
boa semana.
beijinhos
:)
Saber aproveitar os sinais climatéricos é sinal de inteligência.
ResponderEliminarFazê-lo com um poema como este é uma prova do enorme talento que possuis para as letras. Parabéns.
A foto "casa" como o poema na perfeição.
Boa semana, amiga Teresa.
Beijo.
gostei muito do poema, Teresa
ResponderEliminarum verdadeiro hino à mágica beleza das paisagens floridas de neve.
assim o compreendo.
beijo, amiga
Que belo poema, Teresa! Na beleza da neve brilha a sua linguagem. E nesta beleza, o novo, a materialidade do poema. E aqui a palavra se oferece à descoberta. Cabe a cada de nós descobrir e assimilar essa transfiguração.
ResponderEliminarUm beijo,
Abordaste a neve com uma tal delicadeza e paixão pela Natureza que esses brincos de beijos pendurados são o rendilhado na tua poesia e na tua imagem. E de tão brancos ficaram , quentes no abraço de terra e céu. E teu!
ResponderEliminarAmo esse teu Amor pela deusa Natureza, Teresa!
Abraço, amiga grande!
Muito bonito, Teresa, os beijos, os sentimentos, o amor, a amizade... tudo pode congelar!
ResponderEliminarPoema mostra muita sensibilidade. É tocante.
Beijo, amiga! Um bom fim de semana que está chegando.
Gostei de reler o teu maravilhoso poema.
ResponderEliminarParabéns pelo teu dia, o da Mulher.
Continuação de boa semana, amiga Teresa.
Beijo.
Respiras poesia, amiga. E eu gosto, gosto mesmo!
ResponderEliminarUm beijinho :)
https://poemasdaminhalma.blogspot.pt/
ResponderEliminarOlá Teresa, belo poema!
Beijos pendurados na caixa do correio e uma amor à espera...porque a caixa não abria. Gostei imenso.
Beijinhos
Luisa Fernandes
Nunca vi neve em toda a minha vida.
ResponderEliminarEste gelo descongela com o teu poema.
Bjs