Talbeç un die!
Era maio i la madressilba stendie nas paredes
la lhiberdade abrolhada ne l córrio de las geladas,
Éran fecundos ls soles que abril sembrara
i berdes las senaras prenhadas de pan.
De seda azul era l'alma de las cantigas
i an abraços splodien puontes d'ounion.
Antrementes,
anchenas fúrun minando ls lhiçaces
i ls crabos que las puontes sigurában.
Nun fui de fartura que ls rius angordórun
nien de sperança que las puontes sbarrulhórun.
Éran moços ls suonhos que zabórun
i nuobo l sangre que ls cuorbos ancubrírun.
Talbeç na chimpa la rebeldie i la coraige se lhebánten
bretones de madressilba agárren anteiras las manhanas
i lhimpos séian ls caminos que mos spéran.
Talbeç maio torne a florir nas paredes de l canteiro
i de bico a bico gríten ls montes l’alegrie
se las cascatas cantáren la coraige i l'ousadie.
Era maio i la madressilba stendie nas paredes
la lhiberdade abrolhada ne l córrio de las geladas,
Éran fecundos ls soles que abril sembrara
i berdes las senaras prenhadas de pan.
De seda azul era l'alma de las cantigas
i an abraços splodien puontes d'ounion.
Antrementes,
anchenas fúrun minando ls lhiçaces
i ls crabos que las puontes sigurában.
Nun fui de fartura que ls rius angordórun
nien de sperança que las puontes sbarrulhórun.
Éran moços ls suonhos que zabórun
i nuobo l sangre que ls cuorbos ancubrírun.
Talbeç na chimpa la rebeldie i la coraige se lhebánten
bretones de madressilba agárren anteiras las manhanas
i lhimpos séian ls caminos que mos spéran.
Talbeç maio torne a florir nas paredes de l canteiro
i de bico a bico gríten ls montes l’alegrie
se las cascatas cantáren la coraige i l'ousadie.
Talbeç un die!
Talvez um dia!
Era maio e a
madressilva estendia nos muros
a liberdade
germinada no conluio das geadas.
Eram fecundos
os sóis que Abril semeara
e verdes as
searas prenhes de pão.
De seda azul
era a alma das canções
e em abraços
explodiam pontes de união.
Entretanto,
enxurradas
foram minando os alicerces
e os cravos
que as pontes seguravam.
Não foi de
fartura que os rios engrossaram,
nem de
esperança que as pontes ruíram.
Eram jovens
os sonhos que desabaram
e novo o sangue
que os corvos encobriram.
Talvez na
queda a rebeldia e a coragem se levantem,
botões de
madressilva agarrem inteiras as manhãs
e limpos
sejam os caminhos que nos esperam.
Talvez maio
volte a florir nos muros do canteiro
e de bico a
bico gritem os montes a alegria
se as
cascatas cantarem a coragem e a ousadia.
Talvez um
dia!
Era maio e a
madressilva estendia nos muros
a liberdade
germinada no conluio das geadas.
Eram fecundos
os sóis que Abril semeara
e verdes as
searas prenhes de pão.
De seda azul
era a alma das canções
e em abraços
explodiam pontes de união.
Entretanto,
enxurradas
foram minando os alicerces
e os cravos
que as pontes seguravam.
Não foi de
fartura que os rios engrossaram,
nem de
esperança que as pontes ruíram.
Eram jovens
os sonhos que desabaram
e novo o sangue
que os corvos encobriram.
Talvez na
queda a rebeldia e a coragem se levantem,
botões de
madressilva agarrem inteiras as manhãs
e limpos
sejam os caminhos que nos esperam.
Talvez maio
volte a florir nos muros do canteiro
e de bico a
bico gritem os montes a alegria
se as
cascatas cantarem a coragem e a ousadia.
Talvez um
dia!
Teresa Almeida Subtil
(in Rio de Infinitos/Riu d'Anfenitos)
Teresa Almeida Subtil
(in Rio de Infinitos/Riu d'Anfenitos)
“Era maio e a madressilva estendia nos muros
ResponderEliminara liberdade germinada no conluio das geadas."
Gostei muito deste belo poema, "Talvez um dia!" já nos seus primeiros versos, transcritos acima. Parabéns à poetisa talentosa, por mais esta obra de arte poética.
Cuide-se, minha amiga Teresa. Beijo. Pedro
Poeticamente perfeito. Versos lindíssimos. Puro fascínio de leitura.
ResponderEliminarGostei de ouvir os MadreDeus.
.
Saudações poéticas
Cuide-se, proteja-se
Bom dia. [precisa-se de tradutor] No entanto levei-o ao mesmo.
ResponderEliminarSimplesmente belo! Amei 🌹
-
Intempéries no sentimento imaturo
Beijo, e um excelente dia :)
Vento de Março, chuva de Abril, fazem o Maio florir e sorrir.
ResponderEliminarYá ben l Maio pulas canhadas, spigando trigos, segando cebadas.
Um livro muito bonito a avaliar por este belíssimo poema e pela capa.
Deixei estes dois provérbios, retirados do meu livro «As Maias entre Mitos e Crenças», por reverência com tanta qualidade deste texto poético e da capa.
Parabéns Teresa! Ninguém faz o nosso trilho, isto é, sempre em frente...
A partilha é as escolhas estão magníficas!
ResponderEliminar😘
"Talvez um dia", como desejado um claro canto de aurora dentro da noite profunda renove a esperança der cada um de nós,
ResponderEliminarQue bela simbologia, que belo poema!
Um beijo, minha amiga Teresa!
Leia-se "renova a esperança de cada um de nós"
Eliminareste teu livro "Rio de Infinitos", Teresa, é uma maravilha.
ResponderEliminare o poema é um cântico de vida.
gostei mesmo muito.
Arrotchado Abraço
Um dia será outra vez Maio, as águas voltarão a encher as margens e verdes as searas prenhes de pão.
ResponderEliminarBoas caminhadas.
Saúde.
Bjs
Teresa, querida amiga, um dia todos nós voltaremos a ver um mundo florido, uma primavera linda, com campos cheios de flores.
ResponderEliminarTão oportuno...belo poema!
Beijo, um bom fim de semana!
«Talvez um dia!»
ResponderEliminarCremos que sim... Um dia, Maio desabrochará profusamente decorado e perfumado de puras e risonhas flores de madressilva...
A coragem, rebeldia e firmeza dos poetas reporá a sua genuína beleza.
Gostei muito do poema e, mais uma vez, do jeito telúrico de te expressares.
Dias de retiro, apesar de tudo, confortáveis.
O meu terno abraço, querida amiga.
~~~~~~~
Um maravilhoso hino, à vida e à esperança... mesmo em alturas em que os sonhos desabam... afinal... recomeçar sempre, é a grande lição que nos fica da Natureza...
ResponderEliminarLinda a imagem... e esplendoroso o cabeçalho do blogue, Teresa!
Beijinhos! Continuação de um óptimo domingo!
Ana
"Talvez maio volte a florir nos muros do canteiro
ResponderEliminare de bico a bico gritem os montes a alegria
se as cascatas cantarem a coragem e a ousadia.
Talvez um dia!" Tinha de te citar, minha Amiga Teresa. Que mais acrescentar? Talvez um dia as cascatas cantem a coragem e a ousadia. E também a esperança de que isso aconteça.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Oxalá Maio volte a florir...
ResponderEliminarUm poema de excelência, parabéns pelo talento.
Querida amiga Teresa, tem uma boa semana.
Beijo.
Cultivar a esperança, sempre!
ResponderEliminar(E que maravilhosa forma tens tu de a manter viva, respirando talento e convicção)
Um abraço, cara Teresa :)
Amanhã será outro dia
ResponderEliminarmais vermelho que os seus lábios
Bj
Talbeç um die! Doce a língua mirandesa.
ResponderEliminarE há que ter esperança em dias melhores.
Hão-de vir tempos de bonança, tendo a alegria e os abraços em cada sorriso e em cada abraço.
Querida Teresa, este seu Poema vem direitinho ao coração, apaziguando as nossas mágoas e carências.
Beijinhos
Olinda
Talvez um dia
ResponderEliminarTudo se transforme num solfejo de luz
como se uma melodia
libertasse a rebeldia
dos doces aromas de Maio...!!