Há
alturas
Em que as
palavras perdem sentido
Como
noites em claro
Ou gritos
ao alto da montanha
Sem
repercussão.
Não
resistem à revisão geral
É vida
gasta, jornal desfeito
Ferido.
Não
apontam estrelas
Nem
aportam ao cais de salvação.
Falta-lhes húmus, viço, fulgor.
Falta-lhes húmus, viço, fulgor.
Sensaboronas,
São
amarfanhadas e despejadas
Em vão de
escada, ao lado do artigo
Infecioso,
abolorecido.
E quando
a fogueira explode
Vagueiam
chispas, clarões, energia
E até no
inferno se agitam - as palavras
E salvam
o poema que nelas
Ardia.
Teresa Almeida Subtil
Olá:- Versos poeticamente perfumados que me encantou ler.
ResponderEliminar.
Um dia feliz
Cuide-se
Boa tarde Teresa,
ResponderEliminarUm belíssimo poema!
Há momentos em que as palavras nos ardem nas mãos, mas o poema sempre emerge, porque as palavras estão vivas.
Beijinhos,
Ailime
São realmente uma prova de fogo.
ResponderEliminarO melhor é que sempre explodem para a nossa alegria,
tal como ocorreu com este lume que se alastra.
Um beijo, minha amiga!
Um Poema sublime. Uma musica poderosa e uma imagem brilhante! AMEI!:))
ResponderEliminarBeijos. Boa tarde!
poema que explode em esplendor
ResponderEliminarainda que a claridade se alimente de palavras gastas
a que lhes "húmus, viço, fulgor".
poema visceral. forte. autêntico.
e, no entanto, tão sensível e vibrante!
momento alto de poesia, Teresa!
parabéns. beijo
Gostei do poema, Teresa, teus versos abriram margens para muitas interpretações na minha mente, são versos que transmitem uma força que nem sempre percebo nas tuas palavras mais geralmente cheias de delicadeza. As palavras podem brotar de tantas intenções, podem nascer das vísceras, inclusive. A imagem é muito bonita. Um beijo.
ResponderEliminar"a que lhes falta húmus, viço, fulgor ..."
ResponderEliminarcorrijo
Disse-me em tempos um poeta já falecido, autor de alguns poemas
ResponderEliminarcantados pela Amália que, com as palavras fazia o que queria: era uma questão de jogar com elas. Essas, sim, palavras que eu aqui vejo retratadas neste belo poema, sem ardor, sem emoção. Ardem no inferno sem salvação e só escapa a intenção do poema construído.
Gostei muito, minha amiga Teresa.
Um beijo
LuisM Castanheira
Nesta prova de fogo, ainda à um povo resistente que assiste a uma serenata ao luar. Abraço.
ResponderEliminarQue o poema se salve é o que desejo. As tuas palavras são à prova de fogo, sei disso… Que bom foi ouvir aqui a Amália.
ResponderEliminarMuita saúde, minha Amiga Teresa.
Um beijo.
Por vezes, as palavras parecem gastas numa prova de fogo vital,
ResponderEliminarporém, podem salvar o poema, quando o poema as salvar...
Um poema veemente que nos fala de uma prova de fogo planetária...
Uma foto impressionante... Uma publicação singular...
Querida Teresa, que nunca lhe faltem palavras vivas como estas.
Terno abraço.
~~~~
Mas as tuas palavras nunca perdem o sentido.
ResponderEliminarExcelente poema (mais um...).
Teresa, continuação de boa semana.
Beijos.
Mas por aqui... a paixão das suas palavras, Teresa... resiste sempre a qualquer prova de fogo!...
ResponderEliminarArdentes... as palavras... e a fabulosa imagem que as acompanha!...
Magnifica publicação, Teresa!
Beijinho! Votos de um excelente fim de semana, estimando que se encontre bem, assim como todos os seus!
Ana
Poema intimista, de reflexão e, como tal, nos toca fundo.
ResponderEliminarNo correr dos dias aflige-nos o descaso com que as palavras são empregues, vazias, sem substância. Parece uma repetição sem sentido.
Mas, aqui neste seu poema, querida Teresa, as palavras encontram a sua morada de redenção. Elas têm viço e cor e húmus.
Viva a Poesia!
Beijinhos
Olinda
No entanto, cara Teresa, não obstante as nuvens negras, com lugar reservado no estacionamento para muito tempo, há algo, no recato do silêncio, que fermenta, em prol de novos rumos.
ResponderEliminarEsperança, sempre!
Um beijinho :)
Querida Teresa, palavras suas, em que versos forem, sempre são fortes, nunca vazias, e vão na direção certa, como se fossem flechas. Em algum lugar vão cravar profundamente!
ResponderEliminarBeijo, amiga, deixo aqui meu carinho e votos de felicidade sempre.
Beijo!