La casa
cheiraba a Setembre
Lhougo a
pormanhana abri la puorta
I
chegou-me l'oulor a fruita madura
La casa
cheiraba a Setembre.
L més que
la perfumaba.
Atrabessei
l pátio de lhaijes de granito
Chubi las
scaleiras anchas de piedra única
Lhabadas
cumo se fura siempre fiesta.
Na mano
un galho de bioletas.
Alhá
stában ls pincels, la tela ne l cabalete
I nas
paredes pinturas bariadas
L'assinatura
era nuossa.
Solo nun
ambentei la cadeira antiga de palhica.
La puorta
de trás
Abre la
natureza eimensa
L bolo de
l mirar i l'anfenito galgar de l riu
I las
abes d'altibo porte i ls pardales
I l
mielro a cantar a la mie chegada
Cumo
siempre.
Sentei-me
nas scaleiras, a la selombra de la parreira
Carregada
d'ubas brancas- moscatel.
Andecisa
na biaige: ler ó screbir?
I deixei
correr l tiempo antre un bolo i outro
I l
prazer cuntina.
Teresa
Almeida Subtil
Poema lindíssi8mo que me deliciou ler.
ResponderEliminar.
Cumprimentos
Um poema tão belo. Obrigada pela partilha!
ResponderEliminar-
Na melancolia do tempo...
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Beijos, e uma excelente semana!
Teresa,
ResponderEliminarCom gestos de amor e de ternura,
guardas este "rincón" em tuas mãos,
como um sonho esculpido em pedra dura,
que o passar do tempo mais apura!
Um grande abraço!
Fizeste bem em publicar apenas em mirandês, assim tive que me debruçar sobre a escrita com um cuidado redobrado. E não é que gostei da sonoridade, com um sabor único a uma ancestralidade circunscrita, mas quase familiar?
ResponderEliminarUm setembro que nos aconchega, Teresa.
Um grande abraço :)
Foi uma bela descoberta, caro amigo AC. E, cada um, que se entregue ao prazer de ler em mirandês, talvez fique viciado como eu. É um trabalho de encanto e pesquisa que não tem fim. E essa familiaridade sabe tão bem!
EliminarUm grande abraço. :)
O cheiro deste Setembro é maravilhoso! A fruta e violetas!
ResponderEliminarAdoro uvas brancas moscatel e gostei de te ler em mirandez.
Dias esperançosos, lindos e calorosos.
Acho o canto muito especial.
Beijinhos, querida Teresa.
~~~~~
aqui a poetisa, irmã siamesa da talentosa artista plástica, Teresa Almeida, tece, em palavras, uma belíssima aguarela e nela se derrama, inteira e genuína!
ResponderEliminargostei muito, minha amiga
beijos
Prezada amiga Teresa,
ResponderEliminarLinda esta casa em setembro,
Com parreiral como membro
Do patrimônio - é riqueza
Que nos deixa a alma acesa
Dado o vinho em Portugal
Ser o sensacional
Vinho que amo e respeito
Como excelente! a efeito
Por não ser varietal.
Belo poema em galego! Parabéns! Abraço cordial. Laerte.
O mirandés (segunda língua oficial de Portugal) encontra a maior proximidade com o galego. Têm o mesmo berço.
ResponderEliminarGrata, caro amigo Laerte.
Grande abraço, Laerte.
Eliminaruma postagem cheia de poesia, inclusive na fotografia, entendi grande parte do poema, que parece ser muito bonito, a língua parece uma mistura de português com espanhol, em alguns versos, fico contente por conhecer um pouco mais através de ti, e a música é bonita também, um beijo, Teresa!
ResponderEliminarI o meu prazer de ler a tua poesia cuntinua.
ResponderEliminarCumo siempre...
Excelente, gostei imenso deste poema mirandês. Cheira a Setembro e à tua interessante pessoa.
Bom fim de semana, querida amiga Teresa.
Beijo.
Aplaudo com gosto a sua preocupação em manter vivo o mirandês.
ResponderEliminarLi e percebi e inspirado pela ideia escrevi:
Sentado nas escaleiras,
Olho a beleza imensa
Dessa natureza intensa,
Sob o dossel das parreiras.
Sinto o cheiro do vinhedo
Do moscatel, malvasia;
O canto do passaredo
Tudo alegra em sintonia.
Saudações poéticas.
Juvenal Nunes
Um cenário encantador você descreveu. Diante dele, bastava saborear a beleza que oferecia. As palavras, lidas ou escritas, poderiam esperar. Lindo! Bjs.
ResponderEliminarMais uma vez, a imagem completou magistralmente, a sua poética descrição, do mês de Setembro, Teresa... e das emoções, aromas e sabores, que o mesmo nos transmite!... Moscatel e D. Maria... sempre a minha preferência, quanto a uvas brancas... adorei saboreá-las nesta fantástica inspiração...
ResponderEliminarBeijinhos! Feliz domingo e votos de um óptimo feriado!
Ana
Preciosa tela pintada com palavras escolhidas e sumarentas. A outra pode esperar enquanto espraiamos os olhos por esse rincão, em que nos leva de descoberta em descoberta. Depois de saciados, voltaremos com aguarelas pintadas no olhar. E lê-la-emos também nessa lhéngua doce e perfumada.
ResponderEliminarQuerida Teresa, aqui nos tem presos nas sua palavras e na sua sensibilidade.
Poema lindo, lindo! Adorei.
Beijos
Olinda
Os aromas de setembro. As uvas moscatel. Os frutos. As flores silvestres... Tudo nos dizes nesta língua mirandesa a saber a mel.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Penso que o cérebro corre sempre atrás da lei do menor esforço ...
ResponderEliminarNão vi o “ sonso” linguarejar dos nosso tempos e então, “ há que subir”- pensei...
E deu- se um clic...” que lindo “ !
E habituadas que fomos a “ descodificar “ a poesia trovadoresca ( sei que não é para comparar...) dansei ao teu ritmo, subi essas tuas escarpas tão melancolicamente pintadas e fiquei deliciada !
E agora, um abração !