Pura inspiração
Que vai da cepa ao copo
Da empatia ao brinde
Da encosta à folha que tomba
Das castas aos sons
E acertos de corte
Aos tonéis, à fermentação
Ao cheiro e à cor.
E chegas para a prova,
Para a tertúlia na adega,
Para a boda.
Aferindo a maturidade
O “bouquet”.
E se não existisses
Para que serviria
A suavidade, a estrutura
A alquimia?
Nem é preciso especialidade
Para que saia do olhar
O prazer de estar
Que a vida é transmutação
Num processo de qualidade.
Teresa Almeida Subtil
Boa tardinha de paz, querida amiga Teresa!
ResponderEliminarUm luxo de poesia, só uma poetisa de alma poderia tecer tal proeza.
Sorvi do melhor sabor poético.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
Uma poema simplesmente brilhante. Adorei :))
ResponderEliminar-
A imaginação duma dança sem chão.
-
Beijos e uma excelente dia!
Adoro... 👏👏👏👏👏
ResponderEliminarno admirável ciclo do vinho - da cepa ao copo - a liturgia dos gestos e o fascínio de sabores e odores, que se erguem do poema, em cerimonial festivo
ResponderEliminarcomo se a Poeta, qual sacerdotisa, evocasse antigos ritos
e o leitor fosse convidado a entrar e mergulhar "no prazer de estar", ou seja, na fantástica celebração da Vida, que o vinho representa.
parabéns, Teresa Almeida
poema belíssimo!
beijo, querida amiga
à sua saúde
ResponderEliminarbeijo
Que maravilha Teresa!
ResponderEliminarEnquanto na terra recalcada dos vinhedos, fermentam ainda as forças e cansaços e se apura o mosto, tu brindas-nos com esta taça do mais delicioso néctar na perfeita alquimia de um poema!
Ergo a minha taça!
Beijos,
A.S.
O vinho foi uma das grandes invenções do Homem. E, pelo andar da carruagem, vai existir até à eternidade...
ResponderEliminarAo teu excelente poema só falta o cheiro da fermentação para ser perfeito. E que saudades eu tenho desse cheiro.
Bom fim de semana, querida amiga Teresa.
Beijo.
Ah, que belo percurso! Eu que não conhecia o ciclo do vinho, tomo contacto com ele através desta sua poesia que nos embala e faz querer também entrar e brindar à Vida.
ResponderEliminarTeresa, minha Amiga, inexcedível nas palavras com que preparou este ambiente a um tempo telúrico e requintado, com que nos mimoseia.
Beijos
Olinda
O Sol nas uvas pisado
ResponderEliminaraos meus pés ainda pequenos
e a cor do novo vinho
ainda nao fermentado
provado:
- nem só de rosas o poema e' aroma...
gostei muito, amiga Teresa.
beijo
Maravilha de poema, querida amiga!
ResponderEliminarSó acontece a quem conhece bem os mistérios das nuances
e subtilezas de tão raros 'bouquets'...
Admiro o vigor da tua poesia, inspirada na bela e forte
Terra de Miranda
Bom fim de semana, Poeta.
Beijinhos
~~~~~
Teresa , querida amiga
ResponderEliminar...quase senti aqui esse cheiro a mosto , depois da colheita dos frutos , e de toda a envolvência que recordamos da nossa infância e que sempre nos seduz.
Pausadamente meticuloso e belo!
Um grande abraço 🌷
A estrela e o vinho?
ResponderEliminarO vinho é uma estrela
Avermelhada e pra vê-la
Basta beber um pouquinho
De vinho e olhar com carinho
Uma taça ao céu erguida
Com a divinal bebida.
Depois de um trago com amor
Do néctar superior,
Vê-se a estrela apetecida!
Parabéns pelo lindo poema homenageando o vinho, bebida que tanto aprecio e tomo diariamente - o tinto, dando preferência pelos portugueses do Alentejo, Dão e Douro. Abraço cordial! Laerte.
Haverá sempre uma alquimia a acenar com a magnitude, seja ela qual for. No caso, e em prol da bondade da terra, o vinho é expoente de festa, qual recompensa congregadora das pessoas depois do trabalho feito. E, com toda a naturalidade, surge o cantar de grandezas e misérias, que de todas elas a vida é feita.
ResponderEliminarBem andas tu, Teresa, sempre inspirada pelo respirar da terra.
Um beijinho :)
Um ritual que tu tão bem descreves, querida Teresa!
ResponderEliminarBeijos e bom domingo!
Uma homenagem poética sublime ao ciclo do vinho.
ResponderEliminarBrindemos à vida.
Beijinhos
Alquimia, ritual, liturgia. Tudo serve para descrever essa "pura inspiração que vai da cepa ao corpo", do sol ao copo... Magnífica a tua relação com aquilo que da terra nos chega.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Esse teu belíssimo poema em homenagem ao vinho me trouxe à lembrança muitas tardes e noites passadas na Serra Gaúcha, na cidade de Bento Gonçalves, o município que mais produz vinho no Brasil, cerca de 90% da produção nacional. Daí ter me tocado essa homenagem, por ser também, um dos amantes do vinho, contudo que ele nos dá de sabor e de alegria.
ResponderEliminarParabéns pela bela postagem , amiga Teresa
Uma boa semana.
Beijo.
Que bela homenagem, querida Teresa, aqui em casa o vinho entra diariamente, é o nosso companheiro. Gosto em especial do Vinho do Porto. Que postagem sensível, amiga! Show!!
ResponderEliminarUm beijo, uma ótima semana!
"E se não existisses
Para que serviria
A suavidade, a estrutura
A alquimia?"
O apego à terra está também naquilo que é mais primário da nossa economia primária e que, afina, a Teresa tão bem canta.
ResponderEliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
Um verdadeiro prazer esta prova... sempre de casta bem especial, por aqui, Teresa! Maravilhosa homenagem a esta cultura, tão nossa... que infelizmente, já vai dando alguns sinais de stress hídrico, como resultado das alterações climáticas... esperemos que o nosso pais pense em tomar medidas para o melhor aproveitamento dos recursos hídricos, futuramente... de contrário, a médio e longo prazo, as culturas de regadio, estarão muito condicionadas... o Tejo, em certos percursos do seu leito... já se atravessa a pé, no Verão... quando fica mais retido em Espanha...
ResponderEliminarA imagem... um verdadeiro deslumbramento! É com verde que deveríamos cobrir a maior área possível, do nosso pais, em vez de o delapidarmos com incêndios!
Beijinhos! Votos de continuação de uma boa semana!
Ana
Já me esquecia... adorei apreciar este tema de Morricone, de que não me lembrava de ter ouvido no filme mencionado...
Beijinhos