Publiquei este poema (pela primeira vez), na "LITERATURA DE NATAL" da Academia de Letras de Trás-os- Montes/2017. É que sinto nele várias assinaturas. O Natal, na minha infância era íntimo e pleno de afetos.
Lenços, boinas e rebuçados
A boina, comprada em contrabando
Tua imagem de marca.
Tua imagem de marca.
Tempo de telhados escuros e carambelo
Pendurado. Rebuçados da criançada.
E a salto era a vida entre povos
irmãos.
E eram de seda os lenços
Que trazias junto ao coração.
Os sonhos sobravam-te nas mãos.
E passavam para as minhas –
pequeninas.
Multiplicados.
As estrelas exultavam nos teus olhos.
E os meus eram borboletas e botões.
Trinados e campainhas.
Entre os dois, o riso era rio de
infinitos.
O picão dos medos era púlpito de
salmos.
E na ternura da tua voz e ao frio
abraçado
Trazias o Natal para nós.
Pai, que bem te ficava a boina!
Teresa Almeida Subtil
Teresa Almeida Subtil
Querida amiga,
ResponderEliminara Natureza cola-se à tua pele de tal forma que dela e com ela fazes, ora alegres colchas de sonhos e retalhos, ora paisagens interiores e exteriores de cetim.o Eu e o Tu unem-se ora na grandeza da alma, ora na plenitude dos gestos! Grande a tua poesia, Teresa!
FELIZES FESTAS
Terno abraço
As tradições e a memória, juntas neste magnífico poema, Teresa.
ResponderEliminarQue tenhas um Natal muito bom e que o novo Ano te traga todos os motivos de esperança e amor...
Um beijo.
Que época linda para dizer do amor, da generosidade, da esperança e da saudade, querida Teresa!
ResponderEliminarQue tenhas um Natal que sonhas e um 2018 de mais sucesso e muita paz para o mundo!
Beijo, querida amiga, obrigada!
Teresa, minha amiga
ResponderEliminarum universo de magia, na amorosa cumplicidade de pai e filha. muito belo este mergulho no teu "Rio de Infinitos"
(boina basca - só pode!)
beijo
Um poema belíssimo e especial do
ResponderEliminarencantamento da memória, um rio infinito
de ternura da magia do natal, o teu natal e
o teu pai (noel) a inscrever na tua bela
alma, as estrelas. ..
Tão belo o teu sentir poético e o teu
talento nos teus projetos a semear
a poesia, querida Teresa.
Reforçando os meus votos de abençoado
Natal junto com a tua família e 2018 repleto
de sonhos e realizações, minha amiga.
Beijinhos.
Tempos difíceis, quase heróicos, mas em que cada coisa tinha o seu significado concreto, alérgico ao dúbio. Ficaram as memórias, impregnadas de afectos, transmitidas a outros, e a outros, numa corrente infindável de preservação das origens. Assim sendo, a boina tem o significado que merece.
ResponderEliminarParabéns, Teresa!
Um beijinho :)